Courtois: "Estamos vivos nas três competições e queremos chegar até o final"
"Sabemos como defender bolas paradas. É uma questão de concentração e atenção", explicou o goleiro.

Courtois concedeu entrevista coletiva na véspera do jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões contra o Arsenal, no Emirates Stadium (terça-feira, 21h [16h, horário de Brasília]). O goleiro do Real Madrid afirmou: "Estou bem. Tive um pequeno problema, mas era algo do dia a dia. Já treinei várias vezes e estou pronto. Agora é mudar o chip para a Champions, queremos fazer um bom jogo e vencer."
"Sabemos como defender bolas paradas e vamos tentar evitar escanteios contra. É uma questão de concentração e estar ligado o tempo todo. Claro que também depende da qualidade do adversário — se o cruzamento é perfeito, é difícil de defender. Esperamos que tudo o que preparamos funcione bem."
Lesões
"Eu tive duas no início da temporada, no adutor. Uma foi por acúmulo de finalizações e a segunda, talvez, por ter voltado um pouco cedo demais. Depois disso estive bem até agora, que foi algo menor. Para não arriscar, preferimos esperar e jogar amanhã, e não no sábado."
O Arsenal está há dois anos invicto em casa na Champions
"Não sabia disso. Mas também não acho que mude muito. É como dizer que nós ganhamos 15 Champions — não acredito que isso interfira. Eles são fortes em casa, mas o Liverpool também era e vencemos por 5 a 2. Sabemos que jogam bem e precisamos tentar vencer. Faz muito tempo que não jogamos aqui. Será um jogo muito duro."
Planejamento defensivo
"Nós defendemos por zona, com alguns bloqueios, enquanto na seleção marcamos homem a homem. Como goleiro, tento intuir se a bola vai para o primeiro ou segundo pau. Se sei que alguém vem me bloquear, tenho que estar atento e, se me atrapalhar, pedir a falta. É importante para o goleiro analisar isso, fazemos com os treinadores e com o Llopis. Amanhã vamos tentar ser fortes na bola parada. Quando o jogo está travado, isso pode te ajudar ou te prejudicar."
Decidir os jogos no fim
"Tentamos resolver os jogos nos primeiros minutos, mas eles duram 90. Muitas vezes, fisicamente, estamos melhores no final e conseguimos fazer a diferença com os jogadores que entram mais frescos. Isso é o mais importante: lutar até o último minuto. Se pudéssemos vencer sempre aos 60 minutos, seria melhor, mas nem sempre dá. Às vezes, simplesmente acontece."
Sobre a saída de De Bruyne do Manchester City
"É um dos melhores jogadores da história da seleção da Bélgica e da Premier League. Tem seis títulos da liga com o City. Compartilhamos muitos momentos na seleção nacional. Não me surpreende muito saber que ele vai sair. É um jogador incrível e quero que chegue ao seu melhor nível para a Copa do Mundo."
O que pensa sobre o Arsenal?
"Temos muito respeito por eles. Tenho muitos amigos que torcem para esse time e sei que estão fazendo uma grande temporada. É uma equipe jovem, mas que também conta com jogadores experientes. São fortes na defesa, na pressão, no contra-ataque e na bola parada. Vai ser difícil enfrentá-los. É só uma questão de tempo até que ganhem um título. Espero que possamos causar dificuldades. Queremos vencer. Joguei aqui muitas vezes com o Chelsea e espero um bom ambiente."
Será titular amanhã?
"Estou cem por cento. Essa pergunta é para o treinador, mas me sinto preparado. Não foi nada grave. Tenho trabalhado na academia e no campo nos últimos dias."
Críticas
"As críticas se baseiam muito nos resultados. Não jogamos mal contra o Valencia, merecíamos ganhar. Perdemos um pênalti e sofremos um gol logo depois. Empatamos e buscamos a vitória, mas o goleiro deles fez várias boas defesas e, no último lance, marcaram o 2 a 1. Não acho que estejamos tão mal. Por dentro, sentimos que estamos fazendo as coisas bem, mesmo que os resultados não estejam vindo. Continuamos vivos nas três competições e queremos chegar até o final."
A motivação nesse tipo de partida
"Não acho que haja uma grande mudança. Talvez se note mais porque é a Champions, mas levamos cada jogo a sério. Não é que na LaLiga entramos em campo para passear. Às vezes a adrenalina está mais alta e você se esforça 110 por cento, em vez de 100. Aqui, cada erro te penaliza mais do que na LaLiga, e talvez por isso exista essa diferença. Pode ser que em alguns jogos a motivação e a adrenalina estejam um pouco mais elevadas, mas sempre damos tudo em campo. É o que essa camisa, esse clube e essa torcida exigem de nós."