1951-1960

Esta década foi brilhante. Uma miríade de jogadores, liderada por Alfredo Di Stéfano, colocou o Real Madrid no cume do futebol. A equipa das cinco Taças dos Campeões consecutivas assombrou o mundo pelo seu jogo espectacular. Uma torrente interminável de êxitos legitimou o clube como o mais laureado da Europa. Proclamou-se ‘Rei de Reis’ e como se não bastasse ainda levantou a Taça Intercontinental na primeira edição do troféu (1960).

O futebol europeu adquiriu um grande nível. Consciente disso, no início dos anos 50, o prestigiado jornalista francês Gabriel Hanot idealizou uma competição em que pudessem participar as equipas campeãs de cada liga europeia. Somou-se ao projecto o seu colega Jacques Ferrán e ambos redigiram um regulamento que chegou à sede da União Europeia de Futebol (UEFA). A proposta agradou aos responsáveis do jornal francês ‘L’Équipe’, que organizaram a competição.
 
Nomearam uma comissão tendo Santiago Bernabéu como um dos vice-presidentes. E a competição tornou-se realidade em 1956. O Real Madrid venceu a primeira Taça dos Campeões Europeus da história a 13 de Junho desse ano. Foi a primeira das cinco consecutivas que conquistou. Foi um feito de nível mundial, sob a batuta de um dos melhores jogadores de sempre, Alfredo Di Stéfano, e durante a presidência de Bernabéu.
 
O Real Madrid descobriu Di Stéfano nas Bodas de Ouro do clube (1952), quando a equipa se enfrentou à do Millonarios (4-2). Passou então a ser um objectivo dos madridistas e no ano seguinte estreou-se como jogador merengue. Tornou-se no melhor futebolista da história dos brancos. Com ele na equipa, a instituição viveu a sua era mais gloriosa. Ganhou duas Bolas de Ouro (1957 e 1959), como grande estrela da equipa que reinou na Europa por cinco anos consecutivos. O seu futebol a todos encantou, criando escola.
 
Na temporada 1959-1960, o ex-jogador madridista Miguel Muñoz assumiu as rédeas do Real Madrid. Na sua primeira temporada como treinador, ganhou a Quinta Taça dois Campeões para o clube. Passou a ser o primeiro a ganhar o troféu como jogador (em três ocasiões) e como técnico. Em 1960, os merengues foram também coroados reis do mundo ao conquistar a primeira edição da Taça Intercontinental (Real Madrid 5-1 Peñarol de Montevidéu).
 

1951 - 1960
  1. PROPRIETÁRIO DO TÍTULO

    O Real Madrid proclamou-se pela quinta vez consecutiva Campeão da Europa.

  2. COMITIVA DOS CAMPEÕES

    Cada vez que o Real Madrid se proclamava Campeão da Europa, multidões enchiam a capital para receber os seus heróis.

  3. BATALHA SOBRE A NEVE EM BELGRADO

    Um dos jogos mais épicos que se recordam, é o jogo da segunda volta dos quartos de final entre Real Madrid e Partizan Belgrado na temporada de 1955-1956.

  4. RAYMON KOPA, UM AVANÇADO PARA A HISTÓRIA

    O francês marcou para sempre a sua passagem pelo Real Madrid conseguindo tres Taças da Europa e demostrando a sua categoria como jogador.

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Do Novo Chamartín ao estádio Santiago Bernabéu

Com Santiago Bernabéu na presidência, o clube tornou-se ainda maior. Derrubou fronteiras, tornando-se sinónimo de sucesso. Doze anos depois de tomar posse no cargo, teve um grande reconhecimento por parte da Assembleia Geral de sócios. A 2 de Janeiro de 1955, esta aprovou que, a partir daquela data, o campo de Chamartín passasse a chamar-se estádio Santiago Bernabéu, “como prova do reconhecimento ao trabalho do actual presidente”. O homenageado agradeceu a todos os presentes a distinção e pôs o lugar à disposição da Junta Directiva, que o ratificou no cargo.

O primeiro recorde na Liga (1954-55)

No Metropolitano, casa do Atlético de Madrid, os brancos revalidaram o título da Liga com uma jornada de antecedência. Até então, nenhuma equipa tinha somado 46 pontos. O clube recebeu uma carta de felicitação por parte da Delegação Nacional e Educação Física e Desporto. Foi o prelúdio de um lustro, a meio da década dos 50, ate então sem igual.

O primeiro recorde na Liga (1954-55)

Bem-vindo, ‘Cañoncito pum’

O Real Madrid queria continuar a encher as vitrinas do seu estádio com troféus. Para reforçar a equipa, a 1 de Agosto de 1958, chegou um dos melhores interiores esquerdos do mundo, Ferenc Puskas. Foi baptizado como ‘Cañoncito pum’ [Canhãozito pum] pelos seus remates excepcionais e a facilidade com que marcava golos. Tornou-se uma lenda madridista, formando a melhor linha atacante ao lado de Di Stéfano, Rial, Kopa e Gento.

Bem-vindo, ‘Cañoncito pum’

Palmarés

Taças dos Campeões - 5

Taças dos Campeões

5
Taça Intercontinental - 1

Taça Intercontinental

1
Campeonato - 4

Campeonato

4
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