
A equipa encontrava-se numa fase de renovação. Em Espanha foi esmagadora, tendo ganho oito campeonatos da Liga, cinco deles de forma consecutiva, com “dobradinha” campeonato e Taça. Além-fronteiras conseguiu a Sexta Taça dos Campeões, ganha pelo Real Madrid dos ‘yé-ye’.
Na temporada 1961-62, o Real Madrid voltou a realizar uma grande época com um doblete (Liga e Taça), e foi vice-campeão europeu. No dia 18 de Março de 1962, o Madrid conquistou o campeonato em casa, a faltarem duas jornadas para o final. No dia 8 de Julho de 1962, o Madrid venceu o Sevilha na final da Taça por 2-1.
Líder em Espanha e no continente europeu. A 11 de Maio de 1966, o Real Madrid voltou a conquistara a Europa, frente ao Partizan (2-1). Sem Di Stéfano nem Puskas, o veterano era Gento. Completavam o onze titular Araquistáin, Pachín, Pedro de Felipe, Sanchís, Pirri, Zoco, Serena, Amancio, Grosso e Velázquez. Depois de ganharem a Sexta Taça dos Campeões, quatro jogadores deixaram-se fotografar imitando os Beatles. A partir daí, passaram a ser conhecidos como o Real Madrid ‘yé-yé’, por causa do refrão da canção da banda britânica ‘She Loves You’.
Bernabéu percebeu que a equipa precisava de renovação caso pretendesse continuar a ter as mais altas aspirações. Em 1962 descobriu o elemento necessária para concretizar esse desejo, um avançado galego de 22 anos. Amancio Amaro, ‘El Brujo’ [O Bruxo], fora o principal artífice da subida do Deportivo da Corunha à Primeira Divisão. Desde que chegou ao Real Madrid tornou-se indiscutível nas equipas de Miguel Muñoz. Tornou-se dono e senhor da ala direita. À custa der exibições brilhantes, conquistou os adeptos madridistas.
Com o objectivo de passar a ter um centro de desporto para o clube, Santiago Bernabéu inaugurou a Cidade Desportiva a 18 de Maio de 1963. Um complexo desportivo que contava com campos de futebol, de ténis e pistas de atletismo. Algum tempo depois construiu-se um pavilhão de basquetebol, piscinas e uma pista de patinagem no gelo. Situada na Avenida de la Castellana, a obra causou espanto pelo carácter inovador para a época. Não só engrandeceu o património do clube como acolheu os futuros valores da formação (cantera) branca.
Depois de 11 temporadas em que rubricou tardes de glória ao serviço do Real Madrid, Alfredo Di Stéfano despediu-se dos adeptos brancos. Teve um percurso incrível e recheado de êxitos, que teve o último jogo oficial a 27 de Maio de 1964. Três anos depois, recebeu uma merecida homenagem frente ao Celtic Football Club. Ao minuto 13, o ídolo do madridismo tirou a braçadeira de capitão e entregou-a a Grosso. O Bernabéu despediu-se dele com uma estrondosa ovação, depois de ter marcado 308 golos oficiais como jogador do clube branco.
Os investimentos na equipa branca continuavam a dar frutos. A 18 de Abril de 1965, o Real conseguiu a quinta Liga consecutiva. Era a primeira vez na história do clube que se conseguiam cinco campeonatos consecutivos. Nesta temporada (1964-65) chegaram os primeiros jogadores que seriam baptizados como ‘Yéyé’: Grosso, Pirri, Sanchís e De Felipe.